domingo, 19 de junho de 2011

Como é seu processo de avaliação?

Como você tem avaliado seus alunos? O bom resultado numa avaliação consiste em obtenção de notas ou em uma aprendizagem real? Sua forma de avaliar aponta para a autonomia e para um crescimento positivo do educando?
TODOS PODEMOS FAZER A DIFERENÇA!

Relata uma certa Professora Tereza, que no seu primeiro dia de aula parou em frente aos seus alunos da quinta séria primária e, como todos os demais professores, lhes disse que gostava de todos por igual.
No entanto ela não sabia que isto era quase impossível, já que na primeira fila estava sentado um pequeno garoto chamado José.
Ela já havia observado que ele não se dava bem com os colegas de classe e muitas vezes suas roupas estavam sujas e cheiravam mal.
Houve até momentos em que ela sentia prazer em lhe dar notas vermelhas ao corrigir suas provas e seus trabalhos.
Ao iniciar o ano letivo, era solicitado a cada professor que lesse com atenção a ficha escolar dos alunos, para tomar conhecimento das anotações.
A Professora Tereza deixou a ficha de José por último, mas quando a leu, foi grande a sua surpresa.
A professora do primeiro ano escolar de José havia anotado o seguinte, em sua ficha escolar:
José é um menino brilhante e simpático. Seus trabalhos sempre estão em ordem e muito nítidos. Tem bons modos e é muito agradável estar perto dele.
A professora do segundo ano escreveu: José é um aluno excelente e muito querido por seus colegas, mas tem estado preocupado com sua mãe que está com uma doença grave e desenganada pelos médicos. A vida em seu lar deve estar sendo muito difícil!
Da professora do terceiro ano constava a seguinte anotação na ficha de José:
A morte de sua mãe foi um duro golpe para esse menino. José procura fazer o melhor, mas seu pai não tem nenhum interesse e logo sua vida será prejudicada se ninguém tomar providências para ajudá-lo.
A professora do quarto ano escreveu:
José anda muito distraído e não mostra interesse algum pelos estudos. Tem poucos amigos e muitas vezes dorme na sala de aula.
A Professora Tereza se deu conta do problema e ficou terrivelmente envergonhada.
Sentiu-se ainda pior, quando lembrou dos presentes de Natal que ganhara dos outros alunos, envoltos em papéis coloridos, enquanto o que recebera de José estava enrolado em papel pardo, de supermercado.
A Professora Tereza ainda lembra que abriu o pacote com tristeza, enquanto os outros garotos riam, ao identificarem no presente que José dera à professora, uma velha pulseira feminina faltando algumas pedras, e um vidro de perfume, pela metade.
Apesar das piadas ela disse que o presente era precioso, colocou imediatamente a pulseira no braço e um pouco de perfume sobre a mão.
Naquele momento José ficou um pouco mais de tempo na escola do que de costume.
Professora Tereza lembra que José lhe disse que ela estava cheirosa como sua mãe.
Naquele dia, depois que todos se foram, a professora chorou por longo tempo.
Em seguida, decidiu mudar a sua maneira de ensinar e passou a dar mais atenção aos seus alunos, especialmente a José.
Com o passar do tempo ela notou que o garoto só melhorava!
E quanto mais ela lhe dava carinho e atenção, mais ele se animava.
Ao finalizar o ano letivo José saiu como o melhor aluno da classe.

Um ano mais tarde a Professora Tereza recebeu uma carta em que José lhe dizia que ela era a melhor professora que teve na vida.
Seis anos depois, recebeu outra carta de José, contando que havia concluído o segundo grau e que ela continuava sendo a melhor professora que tivera.
As notícias se repetiam, até que um dia ela recebeu uma carta assinado por Dr. José Stoddard, seu antigo aluno, mais conhecido como José.
Mas a história não terminou aí. A professora Tereza recebeu outra carta em que José a convidava para seu casamento e noticiava a morte de seu pai.
Aceitou o convite, e no dia do casamento lá estava ela, usando a pulseira que ganhou de José, anos antes, e o perfume.
Quando os dois se encontraram, abraçaram-se por longo tempo, e José lhe disse ao ouvido: “Obrigado por ter acreditado em mim e por me fazer sentir importante, mostrando que eu posso fazer a diferença”.
Com os olhos marejados, Tereza sussurrou: Você está enganado, José!
Foi você quem me ensinou o que é fazer a diferença; eu não sabia nada sobre ensinar, até conhecer você!
Mais do que ensinar a ler e a escrever, explicar matemática e outras disciplinas, é preciso ouvir os apelos silenciosos que ecoam da alma do educando.
Mais do que avaliar provas e dar notas é importante ensinar com amor, mostrando que sempre é possível fazer a diferença!

(Texto de autor desconhecido)

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