quinta-feira, 23 de junho de 2011

Texto I
Cinquenta camundongos, alguns dos quais clones de clones, derrubaram os obstáculos técnicos à clonagem. Eles foram produzidos por dois cientistas da Universidade do Havaí num estudo considerado revolucionário pela revista britânica “Nature”, uma das mais importantes do mundo. [...]
A notícia de que cientistas da Universidade do Havaí desenvolveram uma técnica eficiente de clonagem fez muitos
pesquisadores temerem o uso do método para clonar seres humanos.
O Globo. Caderno Ciências e Vida. 23 jul. 1998, p. 36.
Texto II
Cientistas dos EUA anunciaram a clonagem de 50 ratos a partir de células de animais adultos, inclusive de alguns já clonados. Seriam os primeiros clones de clones, segundo
estudos publicados na edição de hoje da revista “Nature”.
A técnica empregada na pesquisa teria um aproveitamento de embriões — da fertilização ao nascimento — três vezes maior
que a técnica utilizada por pesquisadores britânicos para gerar a ovelha Dolly.
Folha de S.Paulo. 1º caderno – Mundo. 03 jul. 1998, p.16.

14- Os dois textos tratam de clonagem. Qual aspecto dessa questão é tratado apenas no texto I?
(A) A divulgação da clonagem de 50 ratos.
(B) A referência à eficácia da nova técnica de clonagem.
(C) O temor de que seres humanos sejam clonados.
(D) A informação acerca dos pesquisadores envolvidos no experimento.

Magia das árvores
— Eu já lhe disse que as árvores fazem frutos do nada e isso é a mais pura magia.
Pense agora como as árvores são grandes e fortes, velhas e generosas e só pedem em troca um pouquinho de luz, água, ar e terra. É tanto por tão pouco! Quase toda a magia da
árvore vem da raiz. Sob a terra, todas as árvores se unem. É como se estivessem de mãos dadas. Você pode aprender muito sobre paciência estudando as raízes. Elas vão
penetrando no solo devagarinho, vencendo a resistência mesmo dos solos mais duros. Aos poucos vão crescendo até acharem água.
Não erram nunca a direção. Pedi uma vez a um velho pinheiro que me explicasse por que as raízes nunca se enganam quando procuram água e ele me disse que as outras
árvores que já acharam água ajudam as que ainda estão procurando.
— E se a árvore estiver plantada sozinha num prado?
— As árvores se comunicam entre si, não importa a distância. Na verdade, nenhuma árvore está sozinha. Ninguém está sozinho.
Jamais. Lembre-se disso.
Máqui. Magia das árvores. São Paulo: FTD, 1992.

15- No trecho “Ninguém está sozinho. Jamais. Lembre-se disso.” , as frases curtas produzem o efeito de:
(A) continuidade.
(B) dúvida.
(C) ênfase.
(D) hesitação.
Bloco 4 – Língua Protuguesa
A dor de crescer
Período de passagem, tempo de agitação e turbulências. Um fenômeno psicológico e social, que terá diferentes
particularidades de acordo com o ambiente social e cultural. Do latim ad, que quer dizer para, e olescer, que significa crescer, mas também adoecer, enfermar. Todas essas
definições, por mais verdadeiras que sejam, foram formuladas por adultos.
"Adolescer dói" - dizem as psicanalistas [Margarete, Ana Maria e Yeda] – "porque é um período de grandes transformações. Há um sofrimento emocional com as mudanças biológicas e mentais que ocorrem nessa fase.
É a morte da criança para o nascimento do adulto. Portanto, trata-se de uma passagem de perdas e ganhos e isso nem sempre é entendido pelos adultos."
Margarete, Ana Maria e Yeda decidiram criar o "Ponto de Referência" exatamente para isso. Para facilitar a vida tanto dos adolescentes quanto das pessoas que os rodeiam, como pais e professores. "Estamos tentando resgatar o sentido da palavra diálogo" – enfatiza Yeda – "quando os dois falam, os dois ouvem sempre concordando um com o outro, nem sempre acatando.
Nosso objetivo maior talvez seja o resgate da interlocução, com direito, inclusive, a interrupções."
Frutos de uma educação autoritária, os pais de hoje se queixam de estar vivendo a tão alardeada ditadura dos filhos.Contrapondo o autoritarismo, muitos enveredaram pelo caminho da liberdade generalizada e essa tem sido a grande dúvida dos pais que procuram o "Ponto de Referência": proibir ou permitir? "O que propomos aqui" _ afirma Margarete_ "é a consciência da liberdade. Nem o vale-tudo e nem a proibição total. Tivemos acesso a centros semelhantes ao nosso na Espanha e em Portugal, onde o setor público funciona bem e dá muito apoio a esse tipo de trabalho porque já descobriram a importância de uma adolescência vivida com um mínimo de equilíbrio. Já que o processo de passagem é inevitável, que ele seja feito com menos dor para todos os envolvidos".
MIRTES Helena. In: Estado de Minas, 16 jun. 1996.

16- No texto, o argumento que comprova a ideia de ser a adolescência um período de passagem é:
(A) adolescentes sofrem mudanças biológicas e mentais.
(B) filhos devem ter consciência do significado de liberdade.
(C) pais reclamam da ditadura de seus filhos.
(D) psicólogos tentam recuperar o valor do diálogo.
Bloco 4 – Língua Pr
Minha Sombra
De manhã a minha sombra
com meu papagaio e o meu macaco
começam a me arremedar.
E quando eu saio
a minha sombra vai comigo
fazendo o que eu faço
seguindo os meus passos.
Depois é meio-dia.
E a minha sombra fica do tamaninho
de quando eu era menino.
Depois é tardinha.
E a minha sombra tão comprida
brinca de pernas de pau.
Minha sombra, eu só queria
ter o humor que você tem,
ter a sua meninice,
ser igualzinho a você.
E de noite quando escrevo,
fazer como você faz,
como eu fazia em criança:
Minha sombra
você põe a sua mão
por baixo da minha mão,
vai cobrindo o rascunho dos meus poemas
sem saber ler e escrever.
LIMA, Jorge de. Minha Sombra In: Obra Completa. 19. ed.
Rio de Janeiro: José Aguillar Ltda., 1958.

17- De acordo com o texto, a sombra imita o menino:
(A) de manhã.
(B) ao meio-dia.
(C) à tardinha.
(D) à noite.

Assaltos insólitos
Assalto não tem graça nenhuma, mas alguns, contados depois, até que são engraçados. É igual a certos incidentes de
viagem, que, quando acontecem, deixam a gente aborrecidíssimo, mas depois, narrados aos amigos num jantar, passam a ter sabor de anedota.
Uma vez me contaram de um cidadão que foi assaltado em sua casa. Até aí, nada demais. Tem gente que é assaltada na rua, no ônibus, no escritório, até dentro de igrejas e hospitais, mas muitos o são na própria casa.
O que não diminui o desconforto da situação.
Pois lá estava o dito-cujo em sua casa, mas vestido em roupa de trabalho, pois resolvera dar uma pintura na garagem e na
cozinha. As crianças haviam saído com a mulher para fazer compras e o marido se entregava a essa terapêutica atividade,
quando, da garagem, vê adentrar pelo jardim dois indivíduos suspeitos.
Mal teve tempo de tomar uma atitude e já ouvia:
— É um assalto, fica quieto senão leva chumbo.
Ele já se preparava para toda sorte de tragédias quando um dos ladrões pergunta:
— Cadê o patrão?
Num rasgo de criatividade, respondeu:
— Saiu, foi com a família ao mercado, mas já volta.
— Então vamos lá dentro, mostre tudo.
Fingindo-se, então, de empregado de si mesmo, e ao mesmo tempo para livrar sua cara, começou a dizer:
— Se quiserem levar, podem levar tudo, estou me lixando, não gosto desse patrão. Paga mal, é um pão-duro. Por que não levam aquele rádio ali? Olha, se eu fosse vocês levava aquele som também. Na cozinha tem uma batedeira ótima da patroa. Não querem uns discos? Dinheiro não tem, pois ouvi dizerem que botam tudo no banco, mas ali dentro do armário tem uma porção de caixas de bombons, que o patrão é tarado por
bombom.
Os ladrões recolheram tudo o que o falso empregado indicou e saíram apressados.
Daí a pouco chegavam a mulher e os filhos.
Sentado na sala, o marido ria, ria, tanto nervoso quanto aliviado do próprio assalto que ajudara a fazer contra si  mesmo.
SANTANNA, Affonso Romano. PORTA DE COLÉGIO E OUTRAS CRÔNICAS. São Paulo: Ática 1995. (Coleção Para gostar de ler).

18- O dono da casa livra-se de toda sorte de tragédias, principalmente, porque:
(A) aconselha a levar o som.
(B) conta os defeitos do patrão.
(C) mente para os assaltantes.
(D) mostra os objetos da casa.

19- No trecho “e o marido se entregava a essa terapêutica atividade.”, a expressão destacada substitui:
(A) fazer compras.
(B) ir ao mercado.
(C) narrar anedotas.
(D) pintar a casa.
20- É exemplo de linguagem formal, no texto:
(A) “dito-cujo”.
(B) “adentrar”.
(C) “pão-duro”.
(D) “botam”.

Prezado Senhor,
Somos alunos do Colégio Tomé de Souza e temos interesse em assuntos relacionados a aspectos históricos de nosso país, principalmente os relacionados ao cotidiano de nossa História, como era o dia a dia das pessoas, como eram as escolas, a relação entre pais e filhos etc. Vínhamos acompanhando regularmente os suplementos publicados por esse importante jornal. Mas agora não encontramos mais os artigos tão interessantes. Por isso, resolvemos escrever-lhe
e solicitar mais matérias a respeito.

21- O tema de interesse dos alunos é:
(A) cotidiano.
(B) escola.
(C) História do Brasil.
(D) relação entre pais e filhos.
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Há muitos séculos, o homem vem construindo aparelhos para medir o tempo e não lhe deixar perder a hora. Um dos mais antigos foi inventado pelos chineses e consistia em uma corda cheia de nós a intervalos regulares.
Colocava-se fogo ao artefato e a duração de algum evento era medida pelo tempo que a corda levava para queimar entre um nó e outro.
Não há registros, mas com certeza diziam-se coisas como: “Muito bonito, não? Você está
atrasado há mais de três nós!”
Jornal O Estado de S. Paulo, 28/05/1992.

22- A finalidade do texto é:
(A) argumentar.
(B) descrever.
(C) informar.
(D) narrar.
Bloco 4 – Língua Protuguesa
O drama das paixões platônicas na adolescência

Bruno foi aprovado por três dos sentidos de Camila: visão,  olfato e audição. Por isso, ela precisa conquistá-lo de qualquer maneira. Matriculada na 8ª série, a garota está determinada a
ganhar o gato do 3º ano do Ensino Médio e, para isso, conta com os conselhos de Tati, uma especialista na arte da azaração. A tarefa não é simples, pois o moço só tem olhos para Lúcia – justo a maior “crânio” da escola. E agora, o que fazer? Camila entra em dieta espartana e segue as leis da conquista elaboradas pela amiga.
REVISTA ESCOLA, março 2004, p. 63

23- Pode-se deduzir do texto que Bruno:
(A) chama a atenção das meninas.
(B) é mestre na arte de conquistar.
(C) pode ser conquistado facilmente.
(D) tem muitos dotes intelectuais





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