quinta-feira, 23 de junho de 2011


Texto I

A criação segundo os índios Macuxis
No início era assim: água e céu.
Um dia, um Menino caiu na água. O sol quente soltou a pele do Menino. A pele escorregou e formou a terra. Então, a água
dividiu o lugar com a terra.
E o Menino recebeu uma nova pele cor de fogo.
No dia seguinte, o Menino subiu numa árvore. Provou de todos os frutos. E jogou todas as sementes ao vento. Muitas sementes caíram no chão. E viraram bichos. Muitas sementes
caíram na água. E viraram peixes. Muitas sementes  continuaram boiando no vento. E viraram pássaros.
No outro dia, o Menino foi nadar.
Mergulhou fundo. E encontrou um peixe ferido. O peixe explodiu. E da explosão surgiu uma Menina.
O Menino deu a mão para a Menina. E foram andando. E o Menino e a Menina foram conhecer os quatro cantos da Terra.
Texto II
A criação segundo os negros Nagôs
Olorum. Só existia Olorum. No início, só existia Olorum.
Tudo o mais surgiu depois.
Olorum é o Senhor de todos os seres.
Certa vez, conversando com Oxalá, Olorum pediu:
– Vá preparar o mundo!
E ele foi. Mas Oxalá vivia sozinho e resolveu casar com Odudua. Deste casamento, nasceram Aganju, a Terra Firme, e Iemanjá, Dona das Águas. De Iemanjá, muito tempo
depois, nasceram os Orixás.
Os Orixás são os protetores do mundo.
BORGES, G. et al. Criação. Belo Horizonte: Terra, 1999.

13- Comparando-se essas duas versões da criação do mundo, constata-se que:
(A) a diferença entre elas consiste na relação entre o criador e a criação.
(B) a origem do princípio religioso da criação do mundo é a mesma nas duas versões.
(C) as divindades, em cada uma delas, têm diferentes graus de importância.
(D) as diferenças são apenas de nomes em decorrência da diversidade das línguas originárias.

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