Educar é Semear

Educar é Semear

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

                                           Parábola Da Rosa
Certa vez, um homem plantou uma roseira e passou a regá-la constantemente. Assim que ela soltou seu primeiro botão que em breve desabrocharia, o homem notou espinhos sobre o talo e pensou consigo mesmo: "como pode uma flor tão bela vir de uma planta rodeada de espinhos?"
 Entristecido com o fato, ele se recusou a regar a roseira e, antes mesmo de estar pronta para desabrochar a rosa morreu. Isso acontece com muitos de nós com relação à nossa semeadura.
 Plantamos um sonho e, quando surgem as primeiras dificuldades, abandonamos a lavoura.
 Fazemos planos de felicidade, desejamos colher flores perfumadas e, quando percebemos os desafios que se apresentam, logo desistimos e o nosso sonho não se realiza.
 Os espinhos são exatamente os desafios que se apresentam para que possamos superá-los.
 Se encontramos pedras no caminho é para que aprendamos a retirá-las e, dessa forma, nossos músculos se tornem mais fortes.
 Não há como chegar ao topo da montanha sem passar pelos obstáculos naturais da caminhada. E o mérito está justamente na superação desses obstáculos. O que geralmente ocorre é que não prestamos muita atenção na forma de realizar nossos objetivos e, por isso, desistimos com facilidade e até justificamos o fracasso lançando a culpa em alguém ou em alguma coisa.
 O importante é que tenhamos sempre em mente que se desejamos colher flores, temos que preparar o solo, selecionar cuidadosamente as sementes, plantá-las, regá-la sistematicamente e, só depois, colher.Se esperamos colher antes do tempo necessário, então a decepção surgirá.Se temos um projeto de felicidade, é preciso investir nele. E considerar também a possibilidade de mudanças na estratégia.
 Se, por exemplo, desejamos um emprego estável, duradouro, e não estamos conseguindo, talvez tenhamos que rever a nossa competência e nossa disposição de aprender.
 Não adianta jogar a culpa nos governantes nem na sociedade, é preciso, antes de tudo, fazer uma avaliação das nossas possibilidades pessoais.
 Se desejamos uma relação afetiva duradoura, estável, tranqüila, e não conseguimos, talvez seja preciso analisar ou reavaliar nossa forma de amar.Quando os espinhos de uma relação aparecem, é hora de pensar numa estratégia diferente, ao invés de culpar homens e mulheres ou a agitação da vida moderna, ou simplesmente deixar a rosa do afeto morrer de sede. Há pessoas que, como o homem que deixou a roseira morrer, deixam seus sonhos agonizarem por falta de cuidados ou diminuem o seu tamanho. Vão se contentando com pouco na esperança de sofrer menos. Mas o ideal é estabelecer um objetivo e investir esforços para concretizá-lo. Se no percurso aparecer alguns espinhos, é que estamos sendo desafiados a superar, e jamais a desistir.  Quem deseja aspirar o perfume das rosas, terá que aprender a lidar com os espinhos.
 Quem quer trilhar por estradas limpas, terá que se curvar para retirar as pedras e outros obstáculos que surjam pela frente.
 Quem pretende saborear a doçura do mel, precisa superar eventuais ferroadas das fabricantes, as abelhas.
 Por tudo isso, não deixe que nenhum obstáculo impeça a sua marcha para a conquista de dias melhores
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ATITUDES DO PROFESSOR QUE FAVORECEM A RELAÇÃO COM OS ALUNOS

1. Planificar e programar bem as aulas. Não confiar na improvisação.
2. Manter sempre os alunos ocupados porque nada favorece tanto a indisciplina como não ter nada que fazer.
3. Evitar centrar-se num aluno, pois os outros ficarão entregues a si mesmos.
4. Evitar os privilégios na aula. A escola deve ser um lugar de combate aos privilégios.
5. Não fazer alarde de rigor. Quando for necessário corrigir, fazê-lo com naturalidade e segurança.
6. Não falar de assuntos estranhos à aula.
7. Aproximar-se dos alunos de modo amigável, tanto dentro como fora da escola.
8. Estar a par dos problemas particulares dos alunos para poder ajudá-los quando necessário.
9. Se tiver de fazer uma admoestação, que esta seja firme, mas que nunca ultrapasse a linha do amor próprio e seja de preferência em privado.
10. Procurar um ambiente cordial, relaxado e sereno.
11. Ser coerente e não justificar as incoerências. Quando houver alguma incoerência o melhor é reconhecê-la e honestamente retificá-la.
12. Se se aplica um castigo deve ser mantido e cumprido, a não ser que haja um grande equívoco que justifique uma mudança de atitude.
13. Não se deve castigar sem explicar clara e explicitamente o motivo do castigo.
14. Não agir em momentos de ira e descontrole.
15. Evitar ameaças que depois não possam ser cumpridas, pois isso tira prestígio ao professor.
16. Os chefes de equipa ou grupo devem colaborar na disciplina da aula.
17. Há que ser pródigo em estímulos e reconhecimentos de tudo o que de bom faça o aluno, embora sem exageros ou formas que pareçam insinceras.
18. Evitar castigar todos aos alunos por culpa de um só, a não ser que existam implicações gerais.
19. Evitar atitudes de ironia e sarcasmo.
20. Ser sincero e franco com os alunos.
21. Saber dar algo aos alunos, não pedir-lhes sempre.
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O barqueiro

Vivemos numa época em que - podemos talvez afirmá-lo de forma pacífica - se pede muito aos professores e se lhes dá muito pouco.
Pede-se muito aos professores porque - numa sociedade em que, por vários motivos, a família tem perdido peso e capacidade educativa - é cada vez mais nas escolas que se realiza a educação das crianças, não já apenas na sua vertente de instrução, mas também - e num grau que cresce constantemente - em tudo aquilo que diz respeito à formação integral dos alunos como pessoas. Os pais - é um fato - não têm tempo para construir nos filhos uma personalidade humana equilibrada, ou, se quisermos, frequentemente não o têm. E, como as crianças passam na escola uma enorme fatia do tempo, os professores vêem cair sobre si uma responsabilidade, um peso, com o qual à partida talvez não contassem.
Um peso para o qual muitas vezes não estão preparados ou motivados: o de serem, além de transmissores de conhecimentos, educadores, no verdadeiro sentido da palavra, numa dose maior do que aquela que seria correto esperar. Sei que é um peso que se pode ignorar e que, em muitos casos, é realmente ignorado: é muito fácil dizer ou pensar "isto não é comigo". No entanto, essa responsabilidade é, para tantos e tantos que insistem em arcar com ela, verdadeiramente real. E pesa mesmo.
Pede-se muito aos professores porque, de há alguns anos para cá, existe uma escolaridade obrigatória de nove anos que - segundo parece - em breve poderá ser mais extensa. Isto traz consigo, como se sabe, uma série de circunstâncias e situações que forçam o professor a uma enorme versatilidade para a qual deve estar preparado. Também a mudança frequente de escola e, consequentemente, de ambiente e de meio cultural é um fator que obriga os professores a uma superação constante.    
Disse, também, que é pouco aquilo que é dado aos professores. Há, possivelmente, um vencimento pouco satisfatório; há um certo rebaixamento social – digamos assim – que não anima os mais capacitados a escolherem esta profissão; há a falta de condições de trabalho... E há, sobretudo, uma enorme falta de preparação e formação dos professores, tendo em conta a grandiosidade da tarefa que lhes é pedida.
Por outras palavras, verificamos que existe em nós incapacidade para dar resposta a muitas das situações que diariamente se nos apresentam. Temos necessidade - temos demasiadas vezes necessidade - de inventar, de experimentar, de mastigar dissabores, de carregar dúvidas, de saborear o fracasso.
O pior é que, quando fracassamos, é muito possível que qualquer coisa se quebre sem remédio. Não em nós, mas nas mulheres e nos homens em potência que nos foram confiados para que, de algum modo, os construíssemos.
Somos o barqueiro e temos de levar gerações de um ponto a outro, em viagens mais ou menos grandes. É desastroso que procuremos fazê-lo sem que nos tenham ensinado a remar e a conhecer as correntezas do rio. Tal como seria desastroso confiar os comandos de um avião carregado de passageiros a um homem que toda a vida tenha sido, por exemplo, canalizador, só porque na verdade existem algumas canalizações em todos os aviões.
Temos de fazer muito mais do que dar aulas. Não será necessário reformular o sistema de formação de professores

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