Educar é Semear

Educar é Semear

sábado, 7 de janeiro de 2012

Leitura feita pelo professor


Leitura feita pelo professor

Além das atividades de leitura realizadas pelos alunos e coordenadas pelo professor, há as que podem ser realizadas basicamente pelo professor. É o caso da leitura compartilhada de livros em capítulos, que possibilita aos alunos o acesso a textos bastante longos (e às vezes difíceis) que, por sua qualidade e beleza, podem vir a encantá-los, ainda que nem sempre sejam capazes de lê-los sozinhos.A leitura em voz alta feita pelo professor não é uma prática muito comum na escola. E, quanto mais avançam as séries, mais incomum se torna, o que não deveria acontecer, pois, muitas vezes, são os alunos maiores que mais precisam de bons modelos de leitores.
Na escola, uma prática de leitura intensa é necessária por muitas razões. Ela pode:
  • Ampliar a visão de mundo e inserir o leitor na cultura letrada.
  • Estimular o desejo de outras leituras.
  • Possibilitar a vivência de emoções e o exercício da fantasia e da imaginação.
  • Permitir a compreensão do funcionamento comunicativo da escrita: escreve-se um texto para ser lido.
  • Expandir o conhecimento a respeito da própria leitura.
  • Aproximar o leitor dos textos e os tornar familiares — condição para leitura fluente e para produção de textos.
  • Possibilitar produções orais, escritas e em outras linguagens.
  • Informar como escrever e sugerir sobre o que escrever.
  • Ensinar a estudar.
  • Possibilitar ao leitor compreender a relação que existe entre a fala e a escrita.
  • Favorecer a estabilização de formas ortográficas.
Uma prática intensa de leitura na escola é, sobretudo, necessária, porque ler ensina a ler e a escrever.
Prática de produção de textos
O trabalho com produção de textos tem como finalidade formar escritores competentes capazes de produzir textos coerentes, coesos e eficazes.
Um escritor competente é alguém que, ao produzir um discurso, conhecendo possibilidades que estão postas culturalmente, sabe selecionar o gênero no qual seu discurso se realizará, escolhendo aquele que for apropriado a seus objetivos e à circunstância enunciativa em questão. Exemplos: se o que deseja é convencer o leitor, o escritor competente selecionará um gênero que lhe possibilite a produção de um texto predominantemente argumentativo; se é fazer uma solicitação a determinada autoridade, provavelmente redigirá um ofício; se é enviar notícias a familiares, escreverá uma carta. Um escritor competente é alguém que planeja o discurso e, conseqüentemente, o texto em função do seu objetivo e do leitor a que se destina, sem desconsiderar as características específicas do gênero. É alguém que sabe elaborar um resumo ou tomar notas durante uma exposição oral; que sabe esquematizar suas anotações para estudar um assunto; que sabe expressar por escrito seus sentimentos, suas experiências ou opiniões.


Fonte: Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa/Secretaria de Educação Fundamental – Brasília: 1997, p. 58 a 65

Nenhum comentário:

Postar um comentário