Educar é Semear

Educar é Semear

quarta-feira, 21 de março de 2012

SECRETARIA EXECUTIVA DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO

SECRETARIA EXECUTIVA DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO

Componente Curricular: História da Cultura Pernambucana

Ementa: Compreensão do processo de construção da identidade cultural pernambucana a partir do reconhecimento da história dos grupos indígenas e afro-brasileiros.

Objetivo: Identificar a contribuição dos grupos indígenas e afro-brasileiros na formação da cultura pernambucana, analisando as principais manifestações folclóricas e religiosas, bem como, o panorama atual da cultura popular no Estado.

I. Unidade

História e cultura afro-brasileira na construção histórica e cultural pernambucana

Objetivo da unidade: Promover a disseminação da Lei 10.639, partindo da análise histórica da cultura afro-brasileira, suas principais manifestações e sua influência sobre a sociedade pernambucana.

 A cultura afro-brasileira como instrumento de luta pela eliminação da discriminação Racial;
 Identidade, história e cultura dos afro-brasileiros e afro-brasileiras em Pernambuco;
 Celebrações culturais de matrizes africanas: frevo de rua, do capote, de canção, de blocos, maracatu; côco; afoxé; entre outros;
 Atuação de negros e negras em diferentes áreas do conhecimento, de atuação profissional, de criação tecnológica e artística, de luta social (tais como: Zumbi, Solano Trindade, Aqualtune, Julia Santiago entre outros);
 Identidade cultural das comunidades e territórios negros urbanos e rurais.

Orientações metodológicas

 Realizar debates sobre a importância do estudo da história da cultura dos afro-descendentes, enfatizando a desconstrução da imagem negativa das religiões de origem africana;
 Promover, junto ao professor (a) de artes, um estudo sobre as raízes africanas de nossa cultura contemporânea e depois realizar uma exposição dos trabalhos desenvolvidos;
 Solicitar pesquisa sobre o desempenho dos afro-descendentes nas diferentes áreas de atuação, expondo, através de um jornal mural os resultados obtidos;
 Visitas a espaços culturais que contemplem a cultura dos afro-brasileiros e afro-brasileiras.

II. Unidade

Cultura Indígena dos Povos de Pernambuco

O objetivo da unidade: Discutir a cultura dos povos indígenas pernambucanos ao longo das suas histórias, identificando a construção de suas formas de subsistência, a organização da vida social e política, as suas relações com o meio e com outros grupos e a produção de conhecimentos.

 História dos povos indígenas de Pernambuco;
 Patrimônio cultural indígena do Estado de Pernambuco;
 Tradições indígenas do Estado de Pernambuco;
 A arte indígena;
 Identidade cultural das comunidades e territórios indígenas de Pernambuco;
 Processos históricos regionais de relacionamento entre índios e não-índios.

Orientações metodológicas

 Criação de um glossário de termos indígenas utilizados amplamente em nosso vocabulário diário;
 Estudo de textos, poemas e músicas ligadas à temática indígena;
 Trabalho com argila, recriando objetos característicos dos indígenas pernambucanos;
 Busca em sites de jornais com a intenção de identificar a presença dos índios nas manchetes atuais, com olhar crítico sobre a posição destes na sociedade;
 Estudos sobre medicina natural e culinária alternativa com base na cultura indígena;
 Leitura, interpretação e dramatização de lendas e costumes indígenas;
 Organização de periódicos ou jornais com notícias sobre a atual situação dos índios;
 Identificação de representantes indígenas ou seus descendentes na comunidade local para eventuais entrevistas em busca de novas informações sobre a cultura e as transformações/adaptações causadas pela vida na metrópole.

III. Unidade

Manifestações Folclóricas e Religiosas

O objetivo da unidade: Realizar um estudo sobre as principais manifestações folclóricas e religiosas pernambucanas, analisando a contribuição dos diferentes povos formadores de nossa identidade cultural.

 Ciclo Carnavalesco: Blocos, troças, clubes, maracatus (rural e de baque virado), caboclinhos, ursos, blocos anárquicos, escolas de samba, afoxés, mascarados, bonecos gigantes, bois de carnaval;
 Ciclo Quaresmal: Paixão de Cristo, malhação de Judas, serra velho e micarême;
 Ciclo Junino: quadrilhas, fogueiras de ruas, bandeirolas, balões, adivinhações, fogos, bandas de pífano, antadores, acorda povo, bacamarteiros, violeiros, emboladores, forró, ciranda, xote, xaxado, coco e baião;
 Ciclo Natalino: pastoril, pastoril profano, a queima da lapinha, o reisado, a cavalhada, o fandango e o bumba – meu – boi;
 Ciclo Afro: Manifestações religiosas de matrizes africanas.

Orientações metodológicas

 Visitas a espaços culturais que contemplem o tema da unidade;
 Montagem de mini-peças teatrais (sketches) sobre as manifestações folclóricas discutidas na unidade;
 Confecção de cartazes sobre as diferentes manifestações folclóricas e religiosas abordadas durante o bimestre;
 Resgate de músicas, cantigas, hinos, etc. cantados durante a celebração das manifestações culturais estudadas;
 Levantamento histórico dos grupos culturais existentes nas cidades ou bairros.





IV. Unidade

O cenário contemporâneo: Arte e movimentos de Cultura Popular

O objetivo da unidade: Debater os processos de transformação por que vem passando a cultura pernambucana, identificando os principais nomes do cenário cultural contemporâneo no Estado, enfatizando a cultura local (cidade ou bairro em que a escola se localiza).

 Movimento Armorial: todas as formas de expressões artísticas: música, dança, literatura(literatura de cordel), artes plásticas, teatro, mamulengo, cinema, arquitetura, xilogravura entre outras expressões;
 Os “bonequeiros” do Alto do Moura e a feira de Caruaru;
 Artes Cênicas: Teatro de Amadores de Pernambuco (TAP), Teatro da Universidade Católica de Pernambuco (TUCAP), Teatro Experimental de Arte (TEA), Teatro de Amadores de Caruaru (TAC), Escola de Teatro Brincante(Antônio Nóbrega) entre outros;
 Artes visuais: o cinema de Pernambuco;
 Artes plásticas do Estado de Pernambuco;
 Novo movimento musical de Pernambuco: movimento manguebeat, movimento cultural Hip Hop, rock pernambucano, cultura do Alto José do Pinho, de Peixinhos, entre outros.


Orientações metodológicas

 Promover debates utilizando as letras das músicas de bandas contemporâneas: “Nação Zumbi”, “Cordel do Fogo Encantado”, “Mundo Livre S/A”, “Devotos”, entre outras.
 Exibir filmes, tais como: “Lisbela e o Prisioneiro”, “O Auto da Compadecida”, “Baile Perfumado”, “Árido Movie”, entre outros;
 Identificar, na comunidade, artistas plásticos, músicos, dançarinos, etc. para serem entrevistado pela turma;
 Promover apresentações culturais, tais como: danças, músicas, encenações, produzidas pelos alunos como forma de desenvolver as aptidões culturais de cada um.

Sugestões Bibliográficas

ABREU, Márcia. Histórias de cordéis e folhetos. Campinas, SP: Mercado de Letras : Associação de Leitura do Brasil, 1999.

ALMEIDA, Magdalena (org.). Quadrilha junina: historia e atualidade: um movimento que não é só imagem. Recife: Fundação de Cultura Cidade do Recife, 2001.

ALMEIDA, Luiz Sávio de et. al. O negro e a construção do carnaval no nordeste. Maceió: EDUFAL, 1996.

AMORIM, Maria Alice; BENJAMIN, Roberto Emerson Camara. Carnaval: cortejos e improvisos . Recife: Fundação de Cultura Cidade do Recife, 2002..

ANDRADE, Emanuel. Ana das Carrancas: a dama do barro. Recife: Factum Comunicação, 2006.

ANDRADE, Maria de Lourdes Goes Xavier de. Aspecto do folclore de Pernambuco. Recife: Companhia Ed. de Pernambuco, 1975..

ANDRADE, Moises; CLAUDIO, José. Um testemunho do xangô pernambucano. Recife, FUNDARPE, 1983.

ARAÚJO, Humberto. Maracatu Leão Coroado. Recife: Fundação de Cultura Cidade do Recife, 1989.

ARLÉGO, Edvaldo. Assombrações do Recife. Recife: Edições Edificantes, 2000.

BARRETO, José Ricardo Paes; PEREIRA, Margarida Maria de Souza. Festejos juninos: uma tradicao nordestina . Recife: Nova Presença, 2002

Benjamim, Roberto Emerson Câmara. Folguedos e danças de Pernambuco. 2. ed. Recife : Fundacao de Cultura Cidade do Recife, 1989.

BENJAMIN, Roberto Emerson Camara. Pequeno Dicionário do Natal. Recife: Sociedade Pró-cultura, 1999.

BENJAMIN, Roberto Emerson Câmara. Contos populares brasileiros: Pernambuco. Recife: FUNDAJ,/Massangana, 1994..

BONALD NETO, Olimpio. Bacamarte, pólvora e povo. 3. ed. Recife: Bagaço, 2004.

BONALD NETO, Olimpio. Os gigantes foliões em Pernambuco. Olinda: Fundação Centro de Preservação dos Sítios Históricos de Olinda, 1992.

CÂMARA, Renato Phaelante da. Luiz Gonzaga e o cantar nordestino. Recife: FUNDAJ, 1997.

CAMAROTTI, Marco. Resistência e voz: o teatro do povo do nordeste. 2. ed. Recife: Artelivro, 2003.

CÁRDENAS, Carmela Oscanoa de. O uso do folclore na educação: o frevo na didática pré-escolar. Recife: FUNDAJ, 1981.
CARVALHO, N. M. ; BARRETO, José Ricardo Paes ; MOTA, Sophia Karlla. Dicionário do frevo. 2. ed. Recife: Editora Universitária da UFPE, 2000.

DANTAS, Leonardo. Bandas musicais de Pernambuco: origens e repertorio Recife: Governo do estado de Pernambuco, 1998

Ferreira, Ascenso. Ensaios folclóricos: o maracatu: presépios e pastoris: o bumba-meu-boi. Recife: Secretaria da Educação de Pernambuco, Departamento de Cultura, 1986.

FILHO, Américo Pellegrini. Danças Folclóricas. São Paulo: Universidade Mackenzie, 1980.

FILHO, Mario. Música Popular em Pratos Limpos. Recife: Companhia Editora de Pernambuco, 1989.

Freyre, Gilberto. Assombrações do Recife velho: algumas notas historicas e outras tantas folcloricas em torno do sobrenatural no passado recifense. 2. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1970.

FROTA, Lélia Coelho. Pequeno dicionário da arte do povo brasileiro: século XX. Rio de Janeiro: Aeroplano Editora, 2005.

LIMA, Claudia. Evoé: História do Carnaval: das tradições Mitológicas ao Trio Eletrico. Recife: Raizes Brasileiras, 2001.

LIMA, Claudia. Um sonho de foliao. Recife: Bagaço, 1996

LIMA, Ivaldo Marciano de França. Maracatus-nação: Recignificando velhas histórias. Recife: Bagaço, 2005.

MAIOR, Mário Souto; VALENTE, Waldemar (orgs.). Antologia pernambucana do folclore. Recife : FUNDAJ, Massangana, 2001.

MAIOR, Mário Souto. Bibliografia pernambucana do folclore. Recife: Massangana, 1999.

MELO, Edvaldo Muniz de. Um século e meio de repentes: cultura popular nordestina. Recife: Bagaço, 1998.

MENEZES, Lia. As Yalorixás do Recife. Recife: Funcultura, 2005.

NASCIMENTO, Mariana Cunha Mesquita do. João, Manoel e Maciel Salustiano: três gerações de artistas populares recriando os folguedos de Pernambuco. Recife: Associação Reviva, 2005

PEDRO, Ribeiro. Maracatu de Baque Solto. São Paulo: Quatro Imagens, 1998.

Rabello, Evandro. Memórias da folia: o carnaval do Recife pelos olhos da imprensa (1822-1925). Recife: Funcultura, 2004.

TELES, José. Do frevo ao manguebeat. São Paulo: 34, 2000.


http://www.gigantesdeolinda.com.br/
http://www.cultura.pe.gov.br/
http://www.culturapernambucana.com/
http://www.pe-az.com.br/arte_cultura/arte_cultura.htm
http://recifeolinda.com.br/
http://www.memorialpernambuco.com.br/memorial/index.htm
http://www.cec.pe.gov.br/
http://www.soutomaior.eti.br/mario/
http://raizesdatradicao.uol.com.br/
http://www.palmares.gov.br/
http://www.pe-az.com.br/indios/indios.htm
http://www.ufpe.br/nepe/povosindigenas/
http://www.tap.org.br/

Nenhum comentário:

Postar um comentário