Educar é Semear

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terça-feira, 16 de setembro de 2014

SIMULADO DE LÍNGUA PORTUGUESA

Escola Municipal  Andrea Aguiar Carneiro  Leão
Praça 29 de Dezembro nº 57
Departamento de Ensino

  SIMULADO DE LÍNGUA PORTUGUESA
1º )  D1 – Localizar informações explícitas em um texto. (9º ano) 
A ASSEMBLEIA DOS RATOS
Um gato de nome Faro-Fino deu de fazer tal destroço na rataria duma casa velha que os sobreviventes, sem ânimo de sair das tocas, estavam a ponto de morrer de fome. Tornando-se muito sério o caso, resolveram reunir-se em assembleia para o estudo da questão. Aguardaram para isso certa noite em que Faro-Fino andava aos miados pelo telhado, fazendo sonetos à lua.
— Acho – disse um deles - que o meio de nos defendermos de Faro-Fino é lhe atarmos um guizo ao pescoço. Assim que ele se aproxime, o guizo o denuncia e pomo-nos ao fresco a tempo. Palmas e bravos saudaram a luminosa ideia. O projeto foi aprovado com delírio. Só votou contra um rato casmurro, que pediu a palavra e disse:
— Está tudo muito direito. Mas quem vai amarrar o guizo no pescoço de Faro Fino? Silêncio geral. Um desculpou-se por não saber dar nó. Outro, porque não era tolo. Todos, porque não tinham coragem. E a assembleia dissolveu-se no meio de geral consternação. Dizer é fácil - fazer é que são elas! (LOBATO, Monteiro. in Livro das Virtudes – William J. Bennett – Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1995. p. 308.)
Na assembleia dos ratos, o projeto para atar um guizo ao pescoço do gato foi:
(A) aprovado com um voto contrário.   (B) aprovado pela metade dos participantes.
(C) negado por toda a assembleia.                    (D) negado pela maioria dos presentes.

2 º )   D1 – Localizar informações explícitas em um texto. (9º ano)
LAMBE-LAMBE   Por Márcio Cotrim
Nome de profissional que perdeu espaço na era da foto digital pode ajudar a entender a evolução da imagem fotográfica. Os leitores mais jovens não devem saber o que é isso. A eles, já explico. Anos atrás, “lambe-lambe” era o fotógrafo instantâneo querido e popular que, trabalhando ao ar livre – geralmente em jardins públicos –, produzia, com pouquíssimos recursos de que dispunha, fotos que retratavam, para a posteridade, flagrantes muito especiais. Aquele sujeito circunspecto, todo paramentado, a mocinha casadoira, a família reunida durante um passeio, o casal enamorado, momentos que se esvaem na poeira dos anos.
Com a evolução tecnológica e a pressa de hoje, sobrevivem raros lambes-lambes, sobretudo nas pequenas cidades do interior, fazendo apenas retratos tipo 3x4 para documentos. Mas por que era chamado de lambe-lambe? “Lamber” vem do latim lambere, com o mesmo significado que conhecemos. O curioso nome tem origem num gesto comum no antigo exercício da profissão. É que o fotógrafo usava a saliva, lambia o material sensível para marcar e identificar de que lado estava a emulsão química usada para fixar a imagem no papel ou chapa, e não colocá-lo do lado errado na hora bater a fotografia. (... )   Língua Portuguesa. Ano II. Número 20. 2007. p.65.
Esse texto trata:
(A) da origem do nome lambe-lambe.      (B) da profissão de fotógrafo do passado.
(C) dos materiais usados em foto antiga. (D) dos momentos gravados nas fotos.
3º )  D1 – Localizar informações explícitas em um texto. (9º ano)
HIERARQUIA
Diz que um leão enorme ia andando chateado, não muito rei dos animais, porque tinha acabado de brigar com a mulher e esta lhe dissera poucas e boas. Ainda com as palavras da mulher o aborrecendo, o leão subitamente se defrontou com um pequeno rato, o ratinho menor que ele já tinha visto. Pisou-lhe a cauda e, enquanto o rato forçava inutilmente para fugir, o leão gritou: “Miserável criatura, estúpida, ínfima, vil, torpe: não conheço na criação nada mais insignificante e nojenta. Vou te deixar com vida apenas para que você possa sofrer toda a humilhação do que lhe disse, você, desgraçado, inferior, mesquinho, rato!” E soltou-o. O rato correu o mais que pôde, mas, quando já estava a salvo, gritou pro leão: “Será que Vossa Excelência poderia escrever isso pra mim? Vou me encontrar agora mesmo com uma lesma que eu conheço e quero repetir isso pra ela com as mesmas palavras!”
MORAL: Afinal, ninguém é tão inferior assim. SUBMORAL: Nem tão superior, por falar nisso.
Millôr Fernandes. Fábulas fabulosas. Rio de Janeiro: Nórdica, 1985.
Ao encontrar um ratinho, o leão aproveitou a oportunidade para:
( A ) amedrontar o pobre rato. 
( B ) descarregar a sua raiva.
( C ) mostrar sua autoridade. 
( D ) usar um vocabulário difícil.

4º) D1 – Localizar informações explícitas em um texto. (9º ano)
POR QUE MILHO NÃO VIRA PIPOCA?
Não importa a maneira de fazer pipoca. Sempre que se chega ao final do saquinho, lá estão os duros e ruidosos grãos de milho que não estouraram. Essas bolinhas irritantes, que já deixaram muitos dentistas ocupados, estão com os dias contados.
Cientistas norte-americanos dizem que agora sabem por que alguns grãos de milho de pipoca resistem ao estouro. Há algum tempo já se sabe que o milho de pipoca precisa de umidade no seu núcleo de amido, cerca de 15%, para explodir.
Mas pesquisadores da Universidade Purdue descobriram que a chave para um bem–sucedido estouro do milho está na casca. É indispensável uma excelente estrutura de casca para que o milho vire pipoca. “Se muita umidade escapar, o milho perde a habilidade de estourar e apenas fica ali”, explica Bruce Hamaker, um professor de química alimentar da Purdue.
Estado de Minas. 25 de abril de 2005.
Para o milho estourar e virar pipoca é preciso que:
(A) a casca seja mais úmida que o núcleo.            (B) a casca evite perda de umidade do núcleo.
(C) o núcleo seja mais transparente que a casca.  (D) a casca seja mais amarela que o núcleo.
5º )  D1 – Localizar informações explícitas em um texto. (9º ano)
O PULO
A Onça encontrou com o Gato e pediu: – Amigo Gato, você me ensina a pular?O Gato ficou muito desconfiado, mas concordou. Nas últimas aulas, a Onça pulava com rapidez e agilidade – parecia um Gato gigante.
– Você é um professor maravilhoso, amigo Gato! – dizia a Onça, agradando. Uma tarde, depois da aula, foram beber água no riacho. E a Onça fez uma aposta:
– Vamos ver quem pula naquela pedra?–Vamos lá!
– Então, você pula primeiro – ordenou a Onça.
O Gato – zuuum – pulou em cima da pedra. E a Onça – procotó – deu um pulo traiçoeiro em cima do Gato. Mas o Gato pulou de lado e escapuliu tão rápido como a ventania. A Onça ficou vermelha de raiva:
– É assim? Esta parte você não ensinou pra mim!E o Gato respondeu cantando:
– O pulo de lado é o segredo do Gato!
MARQUES, Francisco. O pulo. In: A floresta da Brejaúva. Belo Horizonte: Dimensão, 1995.
Para escapar da onça, o gato:
(A) cantou para a onça dormir.  (B) nadou na água do riacho.
(C) pulou de lado na pedra.        D) entrou no buraco da árvore.
6º) D3 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressão. (9º ano)
O DRAMA DAS PAIXÕES PLATÔNICAS NA ADOLESCÊNCIA
Bruno foi aprovado por três dos sentidos de Camila: visão, olfato e audição. Por isso, ela precisa conquistá-lo de qualquer maneira. Matriculada na 8ª série, a garota está determinada a ganhar o gato do 3º ano do Ensino Médio e, para isso, conta com os conselhos de Tati, uma especialista na arte da azaração. A tarefa não é simples, pois o moço só tem olhos para Lúcia – justo a maior “crânio” da escola. E agora, o que fazer? Camila entra em dieta espartana e segue as leis da conquista elaboradas pela amiga.(Revista Escola, março 2004, p. 63)
Pode se deduzir do texto que Bruno:
(A) chama a atenção das meninas.    (B) é mestre na arte de conquistar.
(C) pode ser conquistado facilmente. (D) tem muitos dotes intelectuais. 

7º ) D3 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressão. (9º ano)
O FIM DE SAPOS, RÃS E PERERECAS
“Para muita gente, sapos, rãs e pererecas podem lá não ter graça. Mas os anfíbios são essenciais à vida de florestas, restingas lagoas, só para citar alguns ambientes. E o problema é que estão desaparecendo sem que os cientistas saibam explicar o porquê. O fenômeno é conhecido há anos, mas tem se agravado muito. Sobram explicações- vírus, redução de habitat e mudanças climáticas, por exemplo- mas ainda não há respostas para o mistério, cuja consequência é o aumento do desequilíbrio ambiental. Para tentar encontrar uma solução, cientistas começaram a se reunir no Rio.”(O Globo, Rio de Janeiro, 2003.)
Ao se referir ao desaparecimento de sapos, rãs e pererecas, o texto alerta para:
(A) o perigo de alguns ambientes ameaçados. (B) a falta de explicações dos cientistas.
(C) as explicações do mistério da natureza.     (D) o perigo do desequilíbrio do meio ambiente.
8º ) D3 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressão. (9º ano)
O SAPO
Era uma vez um lindo príncipe por quem todas as moças se apaixonavam. Por ele também se apaixonou a bruxa horrenda que o pediu em casamento. O príncipe nem ligou e a bruxa ficou muito brava. “Se não vai casar comigo não vai se casar com ninguém mais!” Olhou fundo nos olhos dele e disse: “Você vai virar um sapo!” Ao ouvir esta palavra o príncipe sentiu estremeção. Teve medo. Acreditou. E ele virou aquilo que a palavra feitiço tinha dito. Sapo. Virou um sapo.
ALVES, Rubem. A Alegria de Ensinar. Ars Poética, 1994.
No trecho “O príncipe NEM LIGOU e a bruxa ficou muito brava”, a expressão destacada significa que:
(A) não deu atenção ao pedido de casamento. (B) não entendeu o pedido de casamento.
(C) não respondeu à bruxa. (D) não acreditou na bruxa.
9º ) D3 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressão. (9º ano)
O PAVÃO
E considerei a glória de um pavão ostentando o esplendor de suas cores; é um luxo imperial. Mas andei lendo livros, e descobri que aquelas cores todas não existem na pena do pavão. Não há pigmentos.
O que há são minúsculas bolhas d’água em que a luz se fragmenta, como em um prisma. O pavão é um arco-íris de plumas. Eu considerei que este é o luxo do grande artista, atingir o máximo de matizes com o mínimo de elementos. De água e luz ele faz seu esplendor; seu grande mistério é a simplicidade. Considerei, por fim, que assim é o amor, oh! minha amada; de tudo que ele suscita e esplende e estremece e delira em mim existem apenas meus olhos recebendo a luz de teu olhar. Ele me cobre de glórias e me faz magnífico.

(BRAGA, Rubem. Ai de ti, Copacabana. Rio de Janeiro: Record, 1996, p. 120)
No 2º parágrafo do texto, a expressão “ATINGIR O MÁXIMO DE MATIZES” significa o artista:
(A) fazer refletir, nas penas do pavão, as cores do arco-íris.  
(B) conseguir o maior número de tonalidades.
(C) fazer com que o pavão ostente suas cores.                      
(D) fragmentar a luz nas bolhas d’água.

10º)  D4 – Inferir uma informação implícita em um texto. (9º ano)
O IMPÉRIO DA VAIDADE
Você sabe por que a televisão, a publicidade, o cinema e os jornais defendem os músculos torneados, as vitaminas milagrosas, as modelos longilíneas e as academias de ginástica? Porque tudo isso dá dinheiro. Sabe por que ninguém fala do afeto e do respeito entre duas pessoas comuns, mesmo meio gordas, um pouco feias, que fazem piquenique na praia? Porque isso não dá dinheiro para os negociantes, mas dá prazer para os participantes.
O prazer é físico, independentemente do físico que se tenha: namorar, tomar milk-shake, sentir o sol na pele, carregar o filho no colo, andar descalço, ficar em casa sem fazer nada. Os melhores prazeres são de graça - a conversa com o amigo, o cheiro do jasmim, a rua vazia de madrugada -, e a humanidade sempre gostou de conviver com eles. Comer uma feijoada com os amigos, tomar uma caipirinha no sábado também é uma grande pedida. Ter um momento de prazer é compensar muitos momentos de desprazer.
Relaxar, descansar, despreocupar-se, desligar-se da competição, da áspera luta pela vida - isso é prazer. Mas vivemos num mundo onde relaxar e desligar-se se tornou um problema. O prazer gratuito, espontâneo, está cada vez mais difícil.
O que importa, o que vale, é o prazer que se compra e se exibe, o que não deixa de ser um aspecto da competição. Estamos submetidos a uma cultura atroz, que quer fazer-nos infelizes, ansiosos, neuróticos. As filhas precisam ser Xuxas, as namoradas precisam ser modelos que desfilam em Paris, os homens não podem assumir sua idade.
Não vivemos a ditadura do corpo, mas seu contrário: um massacre da indústria e do comércio. Querem que sintamos culpa quando nossa silhueta fica um pouco mais gorda, não porque querem que sejamos mais saudáveis - mas porque, se não ficarmos angustiados, não faremos mais regimes, não compraremos mais produtos dietéticos, nem produtos de beleza, nem roupas e mais roupas. Precisam da nossa impotência, da nossa insegurança, da nossa angústia. O único valor coerente que essa cultura apresenta é o narcisismo.
LEITE, Paulo Moreira. O império da vaidade. Veja, 23 ago. 1995. p. 79.


Vocabulário: narcisismo --> descreve a característica de personalidade de paixão por si mesmo.
 O autor pretende influenciar os leitores para que eles:
(A) evitem todos os prazeres cuja obtenção depende de dinheiro.
(B) excluam de sua vida todas as atividade incentivadas pela mídia.
(C) fiquem mais em casa e voltem a fazer os programas de antigamente.
(D) sejam mais críticos em relação ao incentivo do consumo pela mídia.

11º )  D4 – Inferir uma informação implícita em um texto.

O MENINO QUE MENTIA
Um pastor costumava levar seu rebanho para fora da aldeia. Um dia resolveu pregar uma peça nos vizinhos.
- Um lobo! Um lobo! Socorro! Ele vai comer minhas ovelhas! Os vizinhos largaram o trabalho e saíram correndo para o campo para socorrer o menino. Mas encontraram-no às gargalhadas. Não havia lobo nenhum. Ainda outra vez ele fez a mesma brincadeira e todos vieram ajudar; e ele caçoou de todos. Mas um dia o lobo apareceu de fato e começou a atacar as ovelhas. Morrendo de medo, o menino saiu correndo.
- Um lobo! Um lobo! Socorro! Os vizinhos ouviram, mas acharam que era caçoada. Ninguém socorreu e o pastor perdeu todo o rebanho. Ninguém acredita quando o mentiroso fala a verdade.
BENNETT, William J. O Livro das Virtudes para Crianças. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997.

No final da história, pode-se entender que:
(A) as ovelhas fugiram do pastor.                 
(B) os vizinhos assustaram o rebanho.
(C) o lobo comeu todo o rebanho.                
(D) o jovem pastor pediu socorro.

Gabarito
Questões

01
A
B
C
D
02
A
B
C
D
03
A
B
C
D
04
A
B
C
D
05
A
B
C
D
06
A
B
C
D
07
A
B
C
D
08
A
B
C
D
09
A
B
C
D
10
A
B
C
D
11
A
B
C
D

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