segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

projeto fábulas fabulosas

 

Leitura de Fábulas
Disciplina: Língua Portuguesa/Literatura
Ciclo: Ensino Fundamental - 5ª a 8ª
Assunto: Leitura
Tipo: Texto
Onde encontrar: Língua Portuguesa
CARACTERIZAÇÃO: Consiste em atividades de leitura silenciosa e oral acompanhada de ilustração do texto com o uso de retroprojetor.
JUSTIFICATIVA: Observando que, de uma maneira geral, o aluno não tem iniciativa de ler sem que haja uma cobrança pelo professor, elaborei um projeto que visasse a oferecer atividades diversificadas e que  possibilitasse o prazer da leitura.
DURAÇÃO: Aproximadamente uma semana
OBJETIVOS: Promover atividades que desenvolvam a habilidade de:
  • Selecionar procedimentos de leitura adequados a diferentes objetivos e interesses, e a característica do gênero e suporte.  
  • Desenvolver sua capacidade de construir um conjunto de expectativas (pressuposições antecipadoras dos sentidos, de forma e da função do texto), apoiando-se em seus conhecimentos prévios sobre gênero, suporte e universo temático, bem como sobre saliências textuais, recursos gráficos, imagens, dados da própria obra (índice, prefácio etc.). 
  • Ler, de maneira autônoma, textos de gêneros e temas com os quais tenha construído familiaridade.  
  • Selecionar procedimentos de leitura adequados a diferentes objetivos e interesses, e a característica do gênero e suporte.
PRODUÇÕES FINAIS: Momentos de HORA DO CONTO vivenciados com leitura e ilustração das fábulas através da sombra/silhueta dos personagens.
DESENVOLVIMENTO: Selecionam-se algumas fábulas, de diferentes estilos e autores, que são apresentadas aos alunos.  
  • Os alunos são convidados a ler com o propósito de preparar uma leitura oral para a classe no momento da Hora do Conto.  
  • O professor realiza leituras em várias aulas procurando conduzir a leitura com inferências. Também é importante motivar a escuta do texto com mudança no tom de voz, enfatizar as expressões, enfim, dar vida ao texto.  
  • Em duplas, os alunos escolhem duas fábulas (uma para cada aluno) e preparam o material para a hora do conto:
    • Definem personagens e cenário;
    • Desenham a silhueta dos personagens e do cenário numa folha de sulfite.
Com o apoio do retro, que projeta a sombra do personagem e do cenário, os alunos realizam a leitura das fábulas.
OBS: Enquanto um aluno lê, o outro movimenta os personagens e troca o cenário, assim os dois têm a oportunidade de ler e fazer mágica com as sombras. É pura magia!!
CLASSES ENVOLVIDAS: Ensino Fundamental
RECURSOS: Os livros de fábulas, as folhas para o desenho e o retroprojetor.
AVALIAÇÃO: Durante o preparo e a realização da atividade é possível avaliar o nível de leitura e compreensão dos textos em que cada aluno está. Percebi que os alunos tiveram prazer e curiosidade em participar desta atividade.
Assim, de uma maneira natural, os alunos sentem-se à vontade para a leitura e os ouvintes motivados para a escuta porque há um elemento inovador.  
Autor(a): Meire Cristina Fiuza Canal
Função: Professor(a)
Estado: São Paulo /
                                      O Camundongo da Cidade e o do Campo
"Um camundongo que morava na cidade foi, uma vez, visitar um primo que vivia no campo. Este era um pouco arrogante e espevitado, mas queria muito bem ao primo, de maneira que o recebeu com muita satisfação. Ofereceu-lhe o que tinha de melhor: feijão, toucinho, pão e queijo.
O camundongo da cidade torceu o nariz e disse:
- Não posso entender, primo, como você consegue viver com estes pobres alimentos. Naturalmente, aqui no campo, é difícil obter coisa melhor. Venha comigo e eu lhe mostrarei como se vive na cidade. Depois que passar lá uma semana, você ficará admirado de ter suportado a vida no campo.
Os dois puseram-se, então, a caminho. Tarde da noite, chegaram à casa do camundongo da cidade.
- Certamente você gostará de tomar um refresco, após esta caminhada, disse ele polidamente ao primo.
Conduziu-o à sala de jantar, onde encontraram os restos de uma grande festa. Puseram-se a comer geléias e bolos  deliciosos. De repente, ouviram rosnados e latidos.
- O que é isto? Perguntou, assustado, o camundongo do campo.
- São, simplesmente, os cães da casa, respondeu o da cidade.
- Simplesmente? Não gosto desta música, durante o meu jantar.
Neste momento, a porta se abriu e apareceram dois enormes cães. Os camundongos tiveram que fugir a toda pressa.
- Adeus, primo, disse o camundongo do campo. Vou voltar para minha casa no campo.
- Já vai tão cedo? perguntou o da cidade.
- Sim, já vou e não pretendo voltar, concluiu o primeiro."
(Mais vale o pouco certo, que o muito duvidoso)
                                   A Raposa e a Cegonha
"A raposa e a cegonha mantinham boas relações e pareciam ser amigas sinceras. Certo dia, a raposa convidou a cegonha para jantar e, por brincadeira, botou na mesa apenas um prato raso contendo um pouco de sopa. Para ela, foi tudo muito fácil, mas a cegonha pode apenas molhar a ponta do bico e saiu dali com muita fome.
- Sinto muito, disse a raposa, parece que você não gostou da sopa.
- Não pense nisso, respondeu a cegonha. Espero que, em retribuição a esta visita, você venha em breve jantar comigo.
No dia seguinte, a raposa foi pagar a visita. Quando sentaram à mesa, o que havia para o jantar estava contido num jarro alto, de pescoço comprido e boca estreita, no qual a raposa não podia introduzir o focinho. Tudo o que ela conseguiu foi lamber a parte externa do jarro.
- Não pedirei desculpas pelo jantar, disse a cegonha, assim você sente no próprio estomago o que senti ontem.
(Quem com ferro fere, com ferro será ferido)
                                              A Lebre e a Tartaruga
"A lebre estava se vangloriando de sua rapidez, perante os outros animais:
- Nunca perco de ninguém. Desafio a todos aqui a tomarem parte numa corrida comigo.
- Aceito o desafio! Disse a tartaruga calmamente.
- Isto parece brincadeira. Poderia dançar à sua volta, por todo o caminho, respondeu a lebre.
- Guarde sua presunção até ver quem ganha. recomendou a tartaruga.
A um sinal dado pelos outros animais, as duas partiram. A lebre saiu a toda velocidade. Mais adiante, para demonstrar seu desprezo pela rival, deitou-se e tirou uma soneca.
A tartaruga continuou avançando, com muita perseverança. Quando a lebre acordou, viu-a já pertinho do ponto final e não teve tempo de correr, para chegar primeiro.
(Com perseverança, tudo se alcança)
A Moça e a Vasilha de Leite
"Uma moça ia ao mercado equilibrando, na cabeça, a vasilha do leite. No caminho, começou a calcular o lucro que teria com a venda dele.
- Com este dinheiro, comprarei muito ovos. Naturalmente, nem todos estarão bons, mas, pelo menos, de três quartos deles sairão pintinhos. Levarei alguns para vender no mercado. Com o dinheiro que ganhar, aumentarei o estoque dos ovos. Tornarei a pô-los a chocar e, em breve, terei uma boa fazenda de criação. Ficando rica, os homens, pedir-me-ão em casamento. Escolherei, naturalmente, o mais forte, o mais rico e o mais bonito. Como me invejarão as amigas! Comprarei um lindo vestido de seda, para o casamento e, também, um bonito véu. Todos dirão que sou a noiva mais elegante da cidade.
Assim pensando, sacudiu a cabeça, de contentamento. A vasilha do leite caiu ao chão, o leite esparramou-se pela estrada e nada sobrou para vender no mercado."
(Não se deve contar com o ovo quando ele ainda está dentro da galinha)
                                                     O Corvo e o Jarro
"Um corvo, quase morto de sede, foi a um jarro, onde pensou encontrar água. Quando meteu o bico pela borda do jarro, verificou que só havia um restinho no fundo. Era difícil alcançá-la com o bico, pois o jarro era muito alto. Depois de várias tentativas, teve que desistir, desesperado. Surgiu, então, uma idéia, em seu cérebro. Apanhou um seixo (fragmento de rocha ou pedra) e jogou-o no fundo do jarro. Jogou mais um e muitos outros. Com alegria verificou que a água vinha, aos poucos, se aproximando da borda. Jogou mais alguns seixos e conseguiu matar a sede, salvando a sua vida."
(Água mole, em pedra dura, tanto bate até que fura)
            O Cão e o Osso
"Um dia, um cão, carregando um osso na boca, ia atravessando uma ponte. Olhando para baixo, viu sua própria imagem refletida na água. Pensando ver outro cão, cobiçou-lhe logo o osso que este tinha na boca, e pôs-se a latir. Mal, porém, abriu a boca, seu próprio osso caiu na água e perdeu-se para sempre."
(Mais vale um pássaro na mão do que dois voando)
                                           O Vento e o Sol
"O vento e o sol estavam disputando qual dos dois era o mais forte. De repente, viram um viajante que vinha caminhando.
- Sei como decidir nosso caso. Aquele que conseguir fazer o viajante tirar o casaco, será o mais forte.
- Você começa, propôs o sol, retirando-se para trás de uma nuvem.
O vento começou a soprar com toda a força. Quanto mais soprava, mais o homem ajustava o casaco ao corpo. Desesperado, então o vento retirou-se.
O sol saiu de seu esconderijo e brilhou com todo o esplendor sobre o homem, que logo sentiu calor e despiu o paletó."
(O amor constrói, a violência arruína)
                                    A Gansa que Punha Ovos de Ouro
"Um homem possuía uma gansa que, toda manhã, punha um ovo de ouro. Vendendo estes ovos preciosos, ele estava acumulando uma grande fortuna. Quanto mais rico ficava, porém, mais avarento se tornava. Começou a achar que um ovo só, por dia, era pouco.
"Porque não põe dois ovos, quatro ou cinco?" pensava ele. "Provavelmente, se eu abrir a barriga desta ave, encontrarei uma centena de ovos e viverei como um nababo". Assim pensando, matou a gansa abriu-lhe a barriga e, naturalmente, nada encontrou."
(Quem tudo quer, tudo perde)
A Formiga e a Pomba
            Uma Formiga foi à margem do rio para beber água, e sendo arrastada pela forte correnteza, estava prestes a se afogar.
            Uma Pomba, que estava numa árvore sobre a água observando a tudo, arranca uma folha e a deixa cair na correnteza perto da mesma. Subindo na folha a Formiga flutua em segurança até a margem.
            Eis que pouco tempo depois, um caçador de pássaros, oculto pelas folhas da árvore, se prepara para capturar a Pomba, colocando visgo no galho onde ela repousa, sem que a mesma perceba o perigo.
            A Formiga, percebendo sua intenção, dá-lhe uma ferroada no pé. Do susto, ele deixa cair sua armadilha de visgo, e isso dá chance para que a Pomba desperte e voe para longe, a salvo.
Autor: Esopo
Moral da História:
Quem é grato de coração, sempre encontrará uma oportunidade para demonstrar sua gratidão.
A MULA
            Uma mula, sempre folgada, pelo fato de não trabalhar e ainda assim receber uma generosa quantidade de milho como ração, vivia orgulhosa dentro do curral. Era pura vaidade, e comportava-se como se fosse o mais importante animal do grupo. E confiante, falava consigo mesma:
- Meu pai certamente foi um grande e Belo Raça Pura. Sinto-me orgulhosa por ter herdado toda sua graciosidade, resistência, espírito e beleza.
Pouco tempo depois, ao ser levada à uma longa jornada, como simples animal de carga, cansada de tanto caminhar, exclama desconsolada:
- Talvez tenha cometido um erro de avaliação. Meu pai pode Ter sido apenas um simples Burro de carga.
Autor: Esopo
Moral da História:
Ao desejar ser aquilo que não somos, estamos plantando dentro de nós a semente da frustração.
O Leão e os Três Touros
Três touros, amigos desde longa data, pastavam juntos e tranqüilos no campo.
Um Leão, escondido no mato, espreitava-os na esperança de fazer deles seu jantar, mas receava atacá-los enquanto estivessem em grupo.Finalmente, por meio de ardilosas e traiçoeiras palavras, ele conseguiu criar entre eles a discórdia e separá-los.
            Assim, tão logo eles pastavam sozinhos, atacou-os sem medo algum, e um após outro, foram sendo devorados sempre que sentia fome.
Autor: Esopo
Moral da História:
União é força.
As Lebres e as Rãs
As lebres, animais tímidos por natureza, sentiam-se oprimidas com tanto acanhamento. Como viviam, na maior parte do tempo, com medo de tudo e de todos, frustradas e cansadas, resolveram dar um fim às suas angústias.
        Então, de comum acordo, decidiram por fim às suas vidas. Concluíram que assim resolveriam todos os seus problemas. Combinaram então que se jogariam do alto de um penhasco, para as escuras e profundas águas de um lago.
        Assim, quando correm para o abismo, várias Rãs que descansavam ocultas pela grama à beira do mesmo, tomadas de pavor ante o ruído de suas pisadas, desesperadas, pulam na água, em busca de proteção. Ao ver o pavor que sentiam as Rãs em fuga, uma das Lebres diz às companheiras:
- Não mais devemos fazer isso que combinamos minhas amigas! Sabemos agora, que existem criaturas mais medrosas que nós.
Autor: Esopo
Moral da História: Julgar que nossos problemas são os mais importantes do mundo, não passa de ilusão.
O Cachorro e Sua Sombra
Um cachorro, que carregava na boca um pedaço de carne, ao cruzar uma ponte sobre um riacho, vê sua imagem refletida na água. Diante disso, ele logo imagina que se trata de outro cachorro, com um pedaço de carne maior que o seu.
Então, ele deixa cair no riacho o pedaço que carrega, e ferozmente se lança sobre o animal refletido na água, para tomar a porção de carne que julga ser maior que a sua. Agindo assim ele perdeu a ambos. Aquele que tentou pegar na água, por se tratar de um simples reflexo, e o seu próprio, uma vez que ao largá-lo nas águas, a correnteza levou para longe.
Autor: Esopo
Moral da História:
É um tolo e duas vezes imprudente, aquele que desiste do certo pelo duvidoso.
O Asno e o Velho Pastor
Um Pastor contemplava tranqüilo seu Asno a pastar em uma verde e fresca campina. De repente, escuta ao longe, os gritos de uma tropa de soldados inimigos, que se aproxima rapidamente. Então temendo ser capturado pelo inimigo, ele suplica ao animal, que este o carregue em seu dorso, o mais rápido que puder, para não serem aprisionados. O Asno, com calma, lhe pergunta:
 - Senhor, por que eu deveria temer o inimigo? Você acha provável que o conquistador coloque em mim, além dos dois cestos de carga que carrego todo dia, mais outros dois?
- Suponho que não! - Lhe responde o Pastor.
- Então, - Diz o animal - contanto que eu carregue os dois cestos que já carrego, que diferença faz a qual senhor estarei servindo?
Autor: Esopo
Moral da História:
Ao mudar o governante, para o servo pobre, nada muda além do nome do seu novo senhor.
O Cego e o Filhote de Lobo
       Um Cego de nascença possuía a habilidade de distinguir diferentes animais, apenas tocando-os com suas mãos.
        Trouxeram-lhe então um filhote de Lobo, e colocando-o em seu colo, pediram que o apalpasse e depois descrevesse que animal seria aquele.
        Ele correu as mãos sobre o animal, e estando em dúvida, comentou:
- Eu com certeza não sei se isto é o filhote de uma Raposa ou o filhote de um Lobo; mas de uma coisa eu tenho certeza, ele jamais seria bem vindo dentro de um curral de ovelhas.
Autor: Esopo
Moral da História:
As más tendências são mostradas já na primeira infância.
O Galo e a Pedra Preciosa
Um Galo, que procurava no terreiro alimento para ele e suas galinhas, acaba por encontrar uma pedra preciosa de grande beleza e valor. Mas, depois de observá-la por um instante, comenta desolado:
- Se ao invés de mim, teu dono tivesse te encontrado, ele decerto não iria se conter diante de tamanha alegria, e é quase certo que iria te colocar em lugar digno de adoração. No entanto, eu te achei e de nada me serves. Antes disso, preferia ter encontrado um simples grão de milho, ao invés de todas as jóias do Mundo!
Autor: Esopo
Moral da História:
A necessidade de cada um é o que determina o real valor das coisas.
O Galo de Briga e a Águia
                 Dois galos estavam disputando em feroz luta, o direito de comandar o galinheiro de uma chácara. Por fim, um põe o outro para correr e é o vencedor.
O Galo derrotado afastou-se e foi se recolher num canto sossegado do galinheiro.
O vencedor, voando até o alto de um muro, bateu as asas e exultante cantou com toda sua força.
          Uma Águia que pairava ali perto, lançou-se sobre ele e com um golpe certeiro levou-o preso em suas poderosas garras.
              O Galo derrotado saiu do seu canto, e daí em diante reinou absoluto livre de concorrência.
Autor: Esopo
Moral da História:
O orgulho e a arrogância é o caminho mais curto para a ruína e o infortúnio.
O Gato e o Galo
            Um gato, ao capturar um galo, ficou imaginando como achar uma desculpa, qualquer que fosse, para justificar o seu desejo de devorá-lo.
            Acusou ele então de causar aborrecimentos aos homens, já que cantava à noite e não deixava ninguém dormir.
            O galo se defendeu dizendo que fazia isso em benefício dos homens, e assim eles podiam acordar cedo para não perder a hora do trabalho.
O gato respondeu;
"Apesar de você ter uma boa desculpa eu não posso ficar sem jantar." E assim comeu o galo.
Autor: Esopo
Moral da História:
Quem é mau caráter, sempre vai achar uma desculpa para tornar legítimas suas ações.
O Ladrão e o Cão de Guarda
            Um ladrão veio à noite para assaltar uma casa. Ele trouxe consigo vários pedaços de carne, para que pudesse acalmar um feroz Cão de Guarda que vigiava o local. A carne serviria para distraí-lo, de modo que não chamasse a atenção do seu dono com latidos.
            Assim que o ladrão jogou os pedaços de carne aos pés do cão, este disse:
- Se você estava querendo calar minha boca, cometeu um grande erro. Tão inesperada gentileza vinda de suas mãos, apenas serviu para me deixar ainda mais atento. Sei que por trás dessa cortesia sem motivo, você deve ter algum interesse oculto para beneficiar a si mesmo e prejudicar o meu dono.
Autor: Esopo
Moral da História:
Gentilezas inesperadas é a principal característica de alguém com más, ou segundas intenções.
O Leão Apaixonado
Um Leão pediu a filha de um lenhador em casamento. O Pai, contrariado por não poder negar, já que o temia, viu também na ocasião, um excelente modo de livrar-se de vez do problema.
            Ele disse que concordaria em tê-lo como genro, mas com uma condição; Este deveria deixar-lhe arrancar suas unhas e dentes, pois sua filha tinha muito medo dessas coisas.
            Feliz da vida o Leão concordou. Feito isso, ele tornou a fazer seu pedido, mas o lenhador, que já não mais o temia, pegou um cajado e expulsou-o de sua casa, o que o fez retornar para a floresta.
Autor: Esopo
Moral da História:
Todos os problemas, quando examinados de perto, acabam por revelar sua solução.
O Leão e o Rato
Um Leão dormia sossegado, quando foi despertado por um Rato, que passou correndo sobre seu rosto. Com um bote ágil ele o pegou, e estava pronto para matá-lo, ao que o Rato suplicou:
- Ora, se o senhor me poupasse, tenho certeza que um dia poderia retribuir sua bondade.
Rindo por achar ridícula a idéia, assim mesmo, ele resolveu libertá-lo.
Aconteceu que, pouco tempo depois, o Leão caiu numa armadilha colocada por caçadores. Preso ao chão, amarrado por fortes cordas, sequer podia mexer-se.
O Rato, reconhecendo seu rugido, se aproximou e roeu as cordas até deixá-lo livre. Então disse:
- O senhor riu da idéia de que eu jamais seria capaz de ajudá-lo. Nunca esperava receber de mim qualquer favor em troca do seu! Mas agora sabe que mesmo um pequeno Rato é capaz de retribuir um favor a um poderoso Leão.
Autor: Esopo
Moral da História:
Os pequenos amigos podem se revelar os melhores e mais leais aliados.
O Boi e a Rã
Um Boi indo beber água num charco, acidentalmente pisa numa ninhada de rãs e esmaga uma delas. A mãe das Rãs, ao dar pela falta de um dos seus filhotes, pergunta aos seus irmãos o que aconteceu com ele.
 - Ele foi morto! Há poucos minutos atrás, uma grande Besta, com quatro enormes patas rachadas ao meio, veio até a lagoa e pisou em cima dele.
A mãe começa a inchar e pergunta:
- A besta era maior do que eu estou agora?
- Pare mãe, pare de inchar - Pede seu filho - não se aborreça, mas eu lhe asseguro, por mais que tente você explodiria antes de conseguir imitar o tamanho daquele Monstro.
Autor: Esopo
Moral da História:
Na maioria das vezes, as coisas insignificantes desviam nossa atenção do verdadeiro problema.
  
O Fazendeiro, seu Filho e o Burro
"Um fazendeiro e seu filho viajavam para o mercado, levando consigo um burro. Na estrada, encontraram umas moças salientes, que riram e zombaram deles:
- Já viram que bobos? Andando a pé, quando deviam montar no burro?
O fazendeiro, então, ordenou ao filho:
- Monte no burro, pois não devemos parecer ridículos.
O filho assim o fez.  Daí a pouco, passaram por uma aldeia. À porta de uma estalagem estavam uns velhos que comentaram:
- Ali vai um exemplo da geração moderna: o rapaz, muito bem refestelado no animal, enquanto o velho pai caminha, com suas pernas fatigadas.
- Talvez eles tenham razão, meu filho, disse o pai. Ficaria melhor se eu montasse e você fosse a pé.
Trocaram então as posições.
Alguns quilômetros adiante, encontraram camponesas passeando, as quais disseram:
-A crueldade de alguns pais para com os filhos é tremenda! Aquele preguiçoso, muito bem instalado no burro, enquanto o pobre filho gasta as pernas.
- Suba na garupa, meu filho. Não quero parecer cruel, pediu o pai.
Assim, ambos montados no burro, entraram no mercado da cidade.
- Oh!! Gritaram outros fazendeiros que se encontravam lá. Pobre burro, maltratado, carregando uma dupla carga! Não se trata um animal desta maneira. Os dois precisavam ser presos. Deviam carregar o burro às costas, em vez de este carregá-los. O fazendeiro e o filho saltaram do animal e carregaram-no. Quando atravessavam uma ponte, o burro, que não estava se sentindo confortável, começou a escoicear com tanta energia que os dois caíram na água."
(Quem a todos quer ouvir, de ninguém é ouvido)
O Filhote de Cervo e sua Mãe
Certa vez, um jovem Cervo conversava com sua mãe:
- Mãe você é maior que um Lobo. É também mais veloz e possui chifres poderosos para se defender, por que então você tem tanto medo deles?
A Mãe amargamente sorriu e disse:
- Tudo que você falou é a mais pura verdade meu filho, mesmo assim, quando eu escuto um simples ganido de Lobo, me sinto fraca e só penso em correr o mais que puder.
Autor: Esopo                                                              
Moral da História:
Para a maioria das pessoas é mais cômodo conviver com seus medos e fraquezas, mesmo sabendo que são capazes superar cada uma dessas coisas.
O Cachorro e Sua Sombra
Um cachorro, que carregava na boca um pedaço de carne, ao cruzar uma ponte sobre um riacho, vê sua imagem refletida na água. Diante disso, ele logo imagina que se trata de outro cachorro, com um pedaço de carne maior que o seu.
Então, ele deixa cair no riacho o pedaço que carrega, e ferozmente se lança sobre o animal refletido na água, para tomar a porção de carne que julga ser maior que a sua. Agindo assim ele perdeu a ambos. Aquele que tentou pegar na água, por se tratar de um simples reflexo, e o seu próprio, uma vez que ao largá-lo nas águas, a correnteza levou para longe.
Autor: Esopo
Moral da História: É um tolo e duas vezes imprudente, aquele que desiste do certo pelo duvidoso
O Galo e a Pedra Preciosa
Um Galo, que procurava no terreiro alimento para ele e suas galinhas, acaba por encontrar uma pedra preciosa de grande beleza e valor. Mas, depois de observá-la por um instante, comenta desolado:
- Se ao invés de mim, teu dono tivesse te encontrado, ele decerto não iria se conter diante de tamanha alegria, e é quase certo que iria te colocar em lugar digno de adoração. No entanto, eu te achei e de nada me serves. Antes disso, preferia ter encontrado um simples grão de milho, ao invés de todas as jóias do Mundo!
Autor: Esopo
Moral da História: A necessidade de cada um é o que determina o real valor das coisas.
O Leão Apaixonado
Um Leão pediu a filha de um lenhador em casamento. O Pai, contrariado por não poder negar, já que o temia, viu também na ocasião, um excelente modo de livrar-se de vez do problema.
                Ele disse que concordaria em tê-lo como genro, mas com uma condição; Este deveria deixar-lhe arrancar suas unhas e dentes, pois sua filha tinha muito medo dessas coisas.
                Feliz da vida o Leão concordou. Feito isso, ele tornou a fazer seu pedido, mas o lenhador, que já não mais o temia, pegou um cajado e expulsou-o de sua casa, o que o fez retornar para a floresta.
Autor: Esopo
Moral da História: Todos os problemas, quando examinados de perto, acabam por revelar sua solução.
A Formiga e a Pomba
                Uma Formiga foi à margem do rio para beber água, e sendo arrastada pela forte correnteza, estava prestes a se afogar.
                Uma Pomba, que estava numa árvore sobre a água observando a tudo, arranca uma folha e a deixa cair na correnteza perto da mesma. Subindo na folha a Formiga flutua em segurança até a margem.
                Eis que pouco tempo depois, um caçador de pássaros, oculto pelas folhas da árvore, se prepara para capturar a Pomba, colocando visgo no galho onde ela repousa, sem que a mesma perceba o perigo.
                A Formiga, percebendo sua intenção, dá-lhe uma ferroada no pé. Do susto, ele deixa cair sua armadilha de visgo, e isso dá chance para que a Pomba desperte e voe para longe, a salvo.
Autor: Esopo
Moral da História: Quem é grato de coração, sempre encontrará uma oportunidade para demonstrar sua gratidão.
 

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