Educar é Semear

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terça-feira, 12 de dezembro de 2017

PROJETO DE INTERVENÇÃO AO USO DE DROGAS

PROJETO DE INTERVENÇÃO AO USO DE DROGAS


INTRODUÇÃO

O uso de drogas é um fenômeno bastante antigo na história da humanidade e constitui um grave problema de saúde pública, com sérias conseqüências pessoais e sociais no futuro dos jovens e de toda a sociedade.
A adolescência é um momento especial na vida do indivíduo. Nessa etapa, o jovem não aceita orientações, pois está testando a possibilidade de ser adulto, de ter poder e controle sobre si mesmo. É um momento de diferenciação em que "naturalmente" afasta-se da família e adere ao seu grupo de iguais. Se esse grupo estiver experimentalmente usando drogas, o pressiona a usar também. Ao entrar em contato com drogas nesse período de maior vulnerabilidade, expõe-se também a muitos riscos. O encontro do adolescente com a droga é um fenômeno muito mais freqüente do que se pensa e, por sua complexidade, difícil de ser abordado.

JUSTIFICATIVA

Vimos a necessidade de desenvolver o Projeto de Prevenção ao Uso de drogas entre os nossos jovens,uma vez que estamos situados numa área de risco e de grande vulnerabilidade social.A escola está situada numa área com poucos atrativos saudáveis para a vida do jovem,ele está inserido num contexto de marginalização e violência muitas vezes reforçado pela ociosidade.
Pensamos que o conhecimento acerca da prevenção é o melhor argumento no que diz respeito ao uso de drogas.
Objetivo geral
Promover um espaço de discussão sobre as questões relacionadas a prevenção das drogas vinculado ao desenvolvimento do protagonismo dos jovens focando a saúde e a prevenção.

ABRANGÊNCIA

Pais,alunos,professores e funcionários.
Resultados esperados
. Jovens conscientes de suas escolhas;
. Jovens informados sobre a Prevenção das Drogas.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Propiciar a discussão de situações cotidianas relacionadas ao uso,abuso e/ou tráfico de drogas.
• Refletir sobre a melhor forma de agir com usuários ou traficantes de drogas lícitas e ilícitas.
• Refletir sobre as formas de proteger-se,individual e coletivamente,das situações de vulnerabilidade ao abuso ou tráfico de drogas.

Produtos
. Comunidade escolar sensibilizada.
. Projeto avaliado e monitorado.


Programa desenvolvido na escola nos quais é possível inserir o tema

A Feira de Cultura que geralmente acontece em outubro é uma ocasião interessante para inserir o tema com exposição de trabalhos e apresentação de peça teatral e grupo de dança da escola, desenvolvidos acerca da Prevenção e Acolhimento na área de tabagismo,alcoolismo e outras drogas. Ainda,poderá ser inserido em salas de aulas nas disciplinas de Filosofia e Biologia.




Implementação do Projeto de Prevenção ao Uso de Drogas nas Escolas


A necessidade de implementar um projeto de prevenção ao uso de drogas nas escolas, considerando-se a diversidade e a complexidade do uso contemporâneo de drogas e o papel da escola, como uma agência de socialização, ambos historicamente determinados. As concepções analisadas são concepções sobre drogas; a relação entre drogas e sexualidade - como um dos eventos vinculados ao processo de saúde do jovem; e concepções e objetivos da prevenção dando enfoque a legislação sobre o uso do tabaco em ambientes públicos e sobre a propaganda de cigarros;consumo de álcool e a questão do beber e dirigir.

O estudo da afetividade e da sexualidade relacionada ao uso de drogas e a legislação sobre o uso do tabaco é dirigida aos adolescentes e tem natureza interdisciplinar, o que implica levar em consideração os três pólos envolvidos nesse processo: a droga utilizada, o contexto histórico e cultural e a classe social a que pertence o adolescente, sem perder de vista suas características singulares - de personalidade e trajetória de vida. 

A escola, devido à possibilidade de acesso aos jovens e à natureza educacional do seu trabalho, é considerada, em todo o mundo, o locus privilegiado dos programas de prevenção dirigidos aos adolescentes. No entanto, podem-se observar de diferentes ângulos da sociedade a relutância e o despreparo da instituição escolar para lidar com os problemas sociais e as transformações culturais da sociedade contemporânea, especialmente com temas considerados tabus como é o caso de drogas e sexualidade.

Palestra sobre Os malefícios do cigarro

Abertura: mensagem em vídeo sobre o tabagismo

Itens importantes a serem abordados

• O que tem dentro do cigarro?
• Os cigarros light são menos danosos à saúde?
• Os benefícios de parar de fumar?

O que tem dentro do cigarro

O processo de produção do cigarro industrial envolve muitos passos e processos químicos e a adição de vários produtos conhecidos mas, em geral,não associados com cigarros.

Ao ser queimado, o tabaco produz uma fumaça composta de, pelo menos, 4.800 componentes (identificados até 2002), sendo 68 deles já identificados como reconhecidamente carcinogênicos (que provocam câncer).

Alguns desses aditivos são:
• Amônia – também usada em produtos para desinfetar banheiros.
• Acetona – também usada para remover esmaltes e tintas.
• Arsênico – inseticida, também venenoso para seres humanos.
• Cianeto – veneno usado em câmaras de gás durante a Segunda Guerra Mundial.
• Tolueno – solvente industrial.
• Butano – usado como gás de isqueiro.
• Monóxido de carbono – gás tóxico emitido na fumaça de carros.
• DDT – inseticida.
• Naftalina – produto que usamos para matar traças e baratas.
• Cadmium –usado em baterias de carro.

Além desses, existem outros componentes que estão presentes apenas nos cigarros,como é o caso do alcatrão e da nicotina.


Os cigarros light são menos danosos à saúde?

Os cigarros com filtro foram introduzidos a partir dos anos 50,quando se iniciou o movimento de conscientização do risco do tabaco à saúde.Era uma garantia de que ele tinha o poder de absorver os componentes tóxicos da fumaça sem alterar o sabor.

Nos fins dos anos 60,a indústria introduziu cigarros com baixos teores de alcatrão e nicotina e eram garantidos e comprovados por meio de medidas científicas,atingindo alto índice de sucesso entre os consumidores.

Após anos de pesquisa sobre o assunto,chegou-se a conclusão de que esses cigarros são absolutamente iguais aos outros em termos de riscos à saúde.Devido ao mecanismo de compensação que os fumantes estabelecem ao fumar esses cigarros, eles fumam com maior intensidade,tragam mais devagar,retendo a fumaça por mais tempo no pulmão,fumam o cigarro até o finzinho e, muitas vezes,tapam os orifícios que os filtros de cigarros têm nas laterais,com os dedos ou a boca.Sendo em geral mecanismos inconscientes gerados pela adaptação de comportamento.

Os cigarros light, ou com filtro,provocam o mesmo número de mortes e doenças que os cigarros tradicionais.

Os benefícios de parar de fumar

Como seu corpo reage quando você pára de fumar:

• 20 minutos depois do seu último cigarro: seu batimento cardíaco fica menos acelerado.
• 12 horas depois: níveis de monóxido de carbono voltam ao normal no seu sangue.
• De 2 semanas a 3 meses depois do seu último cigarro: seu risco de morrer de ataque cardíaco começa a diminuir.Suas funções pulmonares começam a melhorar.
• De 1 a 9 meses depois do último cigarro: tosse e falta de ar diminuem.
• 1 ano depois do último cigarro: seu risco de contrair doenças coronarianas já é metade do que era quando você fumava.
• 5 anos depois de parar de fumar: seu risco de derrame é reduzido para o de um não fumante de 5 a 15 anos de parar de fumar.
• 10 anos depois de parar de fumar: a chance de morrer por câncer de pulmão é metade do que a de um fumante,os riscos de morrer de câncer de boca,garganta, esôfago,bexiga, fígado e pâncreas diminuem.
• 15 anos depois de parar: seu risco de contrair doenças coronarianas é o mesmo do de alguém que nunca fumou na vida.


Como trabalhar com meus alunos se sou fumante?

Adolescentes não vão poupar um professor que prega uma vida saudável e não consegue manter sua própria saúde.Os comentários são bem previsíveis : “como é que ele(a) quer discutir vida saudável e uso de drogas se, quando sai da escola,corre para acender um cigarro?”

As pesquisas sugerem que há uma saída,tanto para pais como para professores tabagistas : admitir o uso e contar as dificuldades para mudar.Compartilhar a trajetória e dizer que teria sido bom se tivesse oportunidade de repensar seu hábito de fumar antes de ter se tornado dependente.

Se esse é o seu caso,tente. Não fique na defensiva, tentando esconder o óbvio.Você pode ter boas surpresas.

Palestras: se não der para evitar,tente melhorá-las
Há pouca polêmica entre cientistas que fazem pesquisa sobre prevenção: convidar palestrantes, uma ou duas vezes por ano, para falarem na escola não tem o menor efeito na mudança de comportamento, ou mesmo de visão dos estudantes em relação às drogas.O principal efeito dessas iniciativas é apaziguar a consciência dos adultos, que pensam que estão fazendo algo positivo.
Mas,às vezes, por mais que você argumente que esses eventos não valem a pena,eles vão ocorrer.
Aqui vão algumas dicas para que as palestras não sejam esforço,dinheiro e tempo completamente perdidos:
• Prepare seus alunos primeiro: envolva-os em discussões de grupo para organizar dúvidas e comentários,fazer depoimentos ou analisar artigos de jornais ou revistas.Estimule o pensamento o pensamento crítico em relação ao assunto nessas discussões. Muitos adolescentes só vão ser sinceros se houver estímulo e sensação de que eles serão aceitos mesmo se tiverem opiniões diferentes.
• Depois da palestra,faça uma discussão em classe e convide-os a escrever um parágrafo de crítica do evento,analisando os pontos positivos e negativos.Uma idéia é que eles escrevam sem ter que assinar o nome e que troquem as críticas entre si.Eles poderão ler o que acharam do evento com sinceridade, sem ter medo de ter sua identidade revelada.
• O deboche deve ser tratado com neutralidade,mas críticas bem construídas são dignas de respostas.Tente envolver os alunos na procura de respostas.

DROGAS PSICOTRÓPICAS

são aquelas que atuam sobre nosso cérebro,alterando de alguma maneira nosso psiquismo e podem ser classificadas segundo 3 grupos ,o primeiro é aquele em que as drogas diminuem a atividade de nosso cérebro,ou seja, deprimem seu funcionamento,a pessoa que faz uso desse tipo de droga fica “desligada”,desinteressada pelas coisas.Por isso, essas drogas são chamadas de Depressoras da Atividade do Sistema Nervoso Central,é a parte que fica dentro da caixa craniana;o cérebro é o principal órgão.O segundo grupo de drogas são aquelas que atuam por aumentar a atividade de nosso cérebro,ou seja, estimulam o funcionamento fazendo com que o usuário fique “ligado”,elétrico,sem sono.São denominadas de Estimulantes de Atividade do Sistema Nervoso Central.O terceiro grupo,constituído por aquelas drogas que agem modificando qualitativamente a atividade do nosso cérebro,não se trata,portanto,de mudanças quantitativas,como aumentar ou diminuir a atividade cerebral.A mudança é de qualidade! O cérebro passsa a funcionar fora de seu normal, e a pessoa fica com a mente perturbada,por isso recebe o nome de Perturbadores da Atividade do Sistema Nervoso central.

As drogas psicotrópicas podem ser classificadas em três grupos de acordo com a atividade que exercem em nosso cérebro:
• 1. Depressoras da atividade do SNC;
• 2. Estimulantes da atividade do SNC;
• 3. Perturbadores da atividade do SNC.
Adolescente usuário de maconha e tem usado a droga na escola

As abordagens que usam como modelo básico a repressão e o aumento do controle social, apesar de terem sido aqueles que receberam mais destaque ao longo dos últimos anos, não mostram eficácia satisfatória,penso que no modelo da educação afetiva os resultados podem ser considerados no que diz respeito a desenvolver a auto-estima,a capacidade de lidar com a ansiedade,a habilidade de decidir e interagir em grupo,a comunicação verbal e a capacidade de resistir as pressões do grupo são as que podem apresentar melhores resultados entre os jovens usuários de maconha.
Uma questão que deve ser observada é a de que a droga nunca deve ser tratada como questão central mas, frequentemente deve ser um dos tópicos do programa de abordagem ao usuário da maconha.

Fazer citações sobre o rendimento escolar do jovem verificando os sintomas:
• Prejuízo da memória e habilidades de processar informações complexas;
• Irritação do seu sistema respiratório,pela constante presença da fumaça em seus pulmões;
• Aumento das suas possibilidades de desenvolver câncer de pulmão,uma vez que a maconha tem o mesmo teor de alcatrão que os cigarros de tabaco.
São intervenções que valem ser consideradas e analisadas juntamente com toda a equipe da escola,a fim de que tenha uma avaliação mais consistente do comportamento do jovem.
A criação de espaços de reflexão na escola sobre os malefícios causados pelo uso da maconha é bem aceito pelo jovem por ser um lugar para falar de assuntos que dificilmente são falados em outros ambientes que permitem abordar o jovem usuário de droga,além de permitir a reflexão pessoal e responsabilidade com o uso da maconha.
Buscar a família deste jovem para o acolhimento é outro fator de supra importância,decidir para onde encaminhar e a aceitação do tratamento pelo jovem vai depender muito da criação de um ambiente de confiança que propicie um diálogo aberto entre a escola e a família,de modo que possam entender que o consumo de maconha visa satisfazer necessidades legítimas por meios artificiais impróprios e de péssima malefício a saúde.
A busca de soluções para o controle ou a diminuição do uso da maconha entre os jovens deve estar sempre presente no ambiente escolar que preocupa-se com abem estar da humanidade.


Sou dependente de álcool?
Com algumas variações, o alcoolismo é caracterizado por:
• Compulsão (necessidade forte ou desejo incontrolável de beber);
• Perda de controle (incapacidade freqüente de parar de beber uma vez que já começou);
• Tolerância (necessidade de aumentar a quantidade de álcool para sentir os mesmos efeitos);
• Persistência do uso mesmo sabendo que ele está causando problemas;
• Sintomas de abstinência (ocorrência de náusea,suor,tremores,ansiedade,quando interrompe a bebida).

O presente trabalho foi elaborado com base nas Cartilhas do curso e artigos da internet .

Rúbia Mara de Assis

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